Hoje tive mais um dia de aula aqui em Londres. A cada dia que passa as aulas ficam mais tediosas, mas a companhia e a alegria de cada colega contagiam a todos tornando cada minuto do falatório em inglês especial e divertido.
Ah, como eu gostaria de começar esse texto assim. Fiquei dias ensaiando as coisas que poderia escrever, mas é complicado. Não pelo fato de ter ido embora da maravilhosa Londres, com todos seus costumes, idioma e cultura, claro que isso é um peso a mais nessa “depressão pós Europa” que todos estamos sentindo mesmo 2 semanas após a volta. Mas o que tem pesado mais mesmo é a saudade de, cerca de, 50 pessoas que me acompanharam em uma das mais fantásticas aventuras que eu já tive a honra de viver nesses meus 19 anos.
Talvez tudo isso seja um tanto quanto clichê, mas não. Clichê mesmo é falar que falar de amor é clichê. Não que eu ame cada um daqueles que esteve comigo estes 21 dias. Mas conviver 3 semanas com algumas pessoas e no fim não dizer que ocupam um lugar no coração, seria mentira. Eu não vou citar nomes, pois posso me esquecer de alguém ou magoar outro, mas cada um sabe a falta que esta fazendo nos meus dias, agora quentes por causa do sol mesmo e não como antes que por mais frio que os dias estivessem sempre tinha um rosto com um sorriso para aquecer meu coração.
Talvez você chame isso de sentimentalismo barato. Mas não vou nem revidar.
Ao sair de Santo Ângelo com destino a um dos lugares que eu sonhava conhecer eu pensei que seriam apenas 21 dias com vários outros sortudos ao meu lado. Engano meu, em partes. Foram 14 dias morando na cidade dos meus sonhos e carregando, até hoje, o semblante de cada um daqueles que me fizeram sorrir, refletir e, realmente, fazer valer a pena essa experiência.
Eu conheci Londres, Bath, York, Cambridge, Edimburgo, Paris, os mais famosos museus, catedrais, enfim, tudo o que eu esperava e mais um pouco. Se eu for falar das cidades que passei eu teria um texto por cada uma delas. Só posso resumir em uma palavra. Palavra esta que define muitas coisas para as pessoas, mas eu, particularmente, gosto de usar quando algo realmente toca meu coração, fica nos meus pensamentos e continua nos meus sonhos. Chamo de “extraordinário” todos os dias desse intercambio. E devo confessar que a cada momento de insatisfação, quando as pessoas pensam em largar tudo e correr pra casa, eu só prezava em ficar ali pelo maior tempo possível, com aquelas pessoas, naquela cidade.
E quando eu falo “naquela cidade” eu me refiro a Londres. Não tenho como negar que além da paixão pelos amigos que fiz lá trago comigo um enorme buraco no coração que só será preenchido quando eu pisar naquela terra novamente. Londres, a cidade de pessoas frias, nada hospitaleiras e emburradas. De certo modo sim, mas jamais generalize tudo o que ouvir. Querendo ou não esse caráter um tanto quanto “0°” é cultural, e se você se apaixona pela cidade tem que aprender a lidar, conviver e, acima de tudo, gostar disso.
Não trago de Londres nenhuma mágoa, imagem ruim ou algo que me fará pensar mais de uma vez quando for voltar. E eu vou voltar.
O pior sentimento de todos foi o que senti no aeroporto, na fila para o embarque, no 20º dia. Lembrar do que eu senti me faz lacrimejar tudo de novo. Foi um sentimento forte, único, que eu jamais havia sentido antes. Por mais que eu não estivesse dizendo “Adeus” a tudo e todos era se como estivessem arrancando tudo de bom que eu havia sentido em 21 dias e jogando fora. Saudade precoce. Quer dizer, era precoce por que hoje de precoce não tem mais nada. A saudade vive em mim. Enquanto aquele filme passava pela minha cabeça, um filme de 21 dias, eu comparava o que eu estava sentindo ao fim de um relacionamento, chega a ser irônico. A diferença é que depois que o desespero passa tu não quer mais voltar para um relacionamento, já para Londres e os amigos ...A saudade das pessoas, dos lugares, da cidade, da cultura, do frio, das mãos congeladas e da comida apimentada. Não tem como escolher apenas uma coisa, tudo me fez chorar naquele momento.
Olhar para o rosto das pessoas e pensar: acabou. Não tem como se sentir bem ao voltar pra casa, pro calor natural.
A cada passo na fila eu lembrava um dos dias que passamos na gigantesca Londres, Edimburgo e Paris.
Ainda bem que me restam as fotos e filmagens. Assim, além de ver os sorrisos, posso também ouvir as gargalhadas, os comentários e sentir 1% de tudo o que eu vivi em Londres ao lado das pessoas que me fizeram bem, que me fizeram sentir o calor em 0° Europeus. E pode ter certeza, sem uma pessoa das 53 (em média) que estiveram lá, já não teria sido a mesma coisa.
Mind the GAP
This station is WATERLOO.
Change here for Metropolitan and City lines.
Stand clear of the doors...
Please, Mind the gap!!
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Stand clear of the doors...
Please, Mind the gap!!
Mind the Gap between the train and the platform!.
Xx
*post pronto
ResponderExcluir*reli
*e nao gostei
*quer dizer
*faltou coisa de mais
*as voltas com o 57
*com o edyson
*e o biro
*e o lupa
*:~
*as fotos e os dias incansavais ao lado do gui
*mimimi
O detetivo no 237, em paris.
Era pra ser o último post, mas pelo jeito, eu tenho mais 20 dias para relembrar e escrever..